Salas com 180 alunos online e 1600 professores demitidos – Pandemia

Docentes alertam para sucateamento do ensino à distância e sindicato vê irregularidades nos cortes. Instituições apontam evasão escolar e inadimplência como responsáveis pelos desligamentos.

Professor de telejornalismo e radiojornalismo, Ulisses Rocha, de 60 anos, soma mais de 16 de anos de carreira como docente. No semestre passado, deixou o ambiente agora virtual das salas de aula e entrou para a estatística da crise no sistema de ensino superior privado: foi desligado da Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) em fevereiro, ainda antes da pandemia, e da Universidade Nove de Julho (Uninove), onde lecionava.

“Tive de devolver meu apartamento alugado e voltar a morar com a minha mãe para não morrer de fome e não ficar sem teto. Graças a Deus, sou aposentado, mas estou procurando trabalho porque a aposentadoria não é o suficiente para manter o padrão de renda que se tem quando se possui dois empregos”, relata Rocha.

De uma única vez, a FMU mandou embora cerca de 190 professores. Já a Uninove demitiu 500 professores em dois cortes durante o primeiro semestre deste ano.

As demissões ocorrem em outras universidades particulares na cidade de São Paulo. Segundo levantamento do Sindicato dos Professores de São Paulo, 1.674 profissionais foram cortados desde o início de abril.

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